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O Último...

10.01.18
 Nos cantos do bar, as aranhas teceram as suas teias e nelas vão apanhando as moscas que agora povoam o espaço onde dantes ecoavam gargalhadas.

 Copos sujos, permanecem caídos sobre o balcão, com marcas de baton no seu rebordo, que tilintavam ao sabor de uma Cuba Libre, de um whisky, ou de um PisangAmbom.

 Ao canto um toca-discos onde corpos, ao som de músicas românticas, se movimentavam numa sensualidade arrebatadora e se fundiam num corpo só, pleno de entrega e prazer!

 Ainda ali está a mesa onde escrevi o meu «Só», olhando a noite fria que me esperava através da vidraça!

 Aqui se fizeram amizades continuadas, para além do espaço e do tempo que os separa!

 Agora é um espaço quase vazio, nada mais é como dantes!

Eu fui o último... porteiro da noite!


size=0,1>Tema escrito num Fórum, onde muitas amizades se fizeram e era o ponto de encontro dos que andavam... Fora-de-Horas! 15 Abril 2003

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Chove

02.09.17
Chove!...
Será que chove tanto assim,
Ou serão lágrimas de mim?!
Tento calçar os ténis,
correr por essas estradas sem fim,
mas não consigo,
Não sei o que há em mim.
Esmoreço
Quando dantes me lançava
Hoje, aguardo que pare
Estremeço
Mas a chuva sempre foi assim
Mais forte, mais meiga
Nunca me parava
Agora olho
E fico
Não sei o que há em mim!

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O Despertar

14.12.15


align=justify> Entrei a medo. Uma lamparina iluminava vagamente o interior mostrando uma pequena cómoda e pouco mais. Na parede uma imagem protectora.

 Olhei para ti. Deitada na esteira, aguardavas-me como se esse acto fizesse parte do teu dia a dia. Confesso que bebi um pouco para ter a coragem suficiente para te bater à porta. Cá fora, o bulício próprio das noites quentes de África, homens procuravam mais uma noite de prazer.

 De vez em quando gritos ecoavam, uma mão caía com força na cara de uma mulher obrigando-a a prostituir-se para os seus vícios.

 Em cada porta havia um corpo desgastado pelo tempo aguardando que um olhar se voltasse para ele a fim de que mais uma migalha de pão pudesse ser tragado pelo candengue que na escuridão da cubata a tudo assistia.

 Mas tu não, aguardavas-me silenciosa perscrutando-me com os teus olhos negros. Sinto que sorriste ao de leve ao sentires a minha atrapalhação. Fizeste-me sinal para me sentar a teu lado.

 Deslizaste a mão suavemente pelo meu corpo suado. Corpo imberbe ainda, onde aqui e ali um pequeno tufo de pelos anunciava o fim do adolescente e o principio do homem.

 No meu jeito desastrado, como a descobrir a essência do corpo de uma mulher, procurei corresponder mas, os sentidos nublados pelo etílico inibia-me o gesto, o movimento e, a mão, quedou-se nos teus peitos hirtos.

 Pouco a pouco foste-me retirando cada peça de roupa, o teu corpo de corça enroscou-se no meu, os sentidos foram despertando lentamente como se a fronteira existente entre o adolescente e o homem fosse um pequeno abismo que tivesse que ser transporto não de um salto mas sim, como se tivesse que contornar cada obstáculo, devagar, devagarinho saboreando ao máximo o abandono do corpo de menino.

 Depois o êxtase, o clímax, deitado a teu lado, o meu corpo de homem abraçou o teu cor de ébano e adormecemos profundamente.

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Esta Noite

14.05.15

Esta noite
no silêncio destas paredes sombrias
cheias de palavras consumidas
a lua dança com gestos de encantamento
e as estrelas sorriem de prazer

Esta noite
invento-te nesta distância magoada
onde as palavras repousam
nos lábios ausentes que riem e se alimentam
de sabores sonhados

Esta noite
arde uma fogueira de nostalgia
e o mistério absorvente da tua luz
entra em mim mansamente

Aqui
longe de ti e de tudo
sinto-me bem dentro de ti
e deixo-me ficar

António Sem

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Detalhes

13.05.14


Quando te vi
Cofiei a minha rala barba
lembrou-me sonhos do passado
quando a roçava no teu corpo
e um frémito te percorria
como se nada mais houvesse
senão nós dois unidos
no prazer da carne.

Quando te vi
lembrei-me que de nada valeu
todas essas entregas,
da barba mal feita
da força dos sentidos
do amor nas giestas.

Quando te vi
tu já não existias
eras miragem
das noites ao luar
de um tempo que se foi.
Agora que não te vejo
De ti só me restam…
Pequenos detalhes!
























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